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Eternamente Menina

Eternamente Menina

NATAL 2022

24.12.22, Otília Martel
Que o Universo se una para que possamos dar as mãos, na verdadeira força da Paz. Que o Ser Humano consiga, de uma vez por todas, unir a força das Estrelas e possa viver em harmonia uns com os outros. Aos meus Amigos e, até àqueles que o não são, desejo a Felicidade de um Verdadeiro Natal em especial com muita saúde, amor e toda a ternura do mundo.   Abraço e até breve.    

De volta...

06.04.22, Otília Martel
Numa altura em que as palavras, em mim, escasseiam, sirvo-me das palavras do poeta, para sintetizar o meu sentimento perante os momentos recorrentes. Que haja confiança e esperança no futuro próximo...  Um abraço a todos   Junquem de flores o chão do velho mundo: Vem o futuro aí! Desejado por todos os poetas E profetas Da vida, Deixou a sua ermida E meteu-se a caminho. Ninguém o viu ainda, mas é belo. É o futuro… Ponham pois rosmaninho Em cada rua, Em cada porta, Em cada muro, (...)

2021 - Ano Novo

30.12.20, Otília Martel
ANO NOVO  Meia-noite. Fim de um ano, início de outro. Olho o céu: nenhum indício. Olho o céu: o abismo vence o olhar. O mesmo espantoso silêncio da Via-Láctea feito um ectoplasma sobre a minha cabeça nada ali indica que um ano novo começa. E não começa nem no céu nem no chão do planeta: começa no coração. Começa como a esperança de vida melhor que entre os astros não se escuta nem se vê nem pode haver: que isso é coisa de homem esse bicho estelar que sonha (e luta). F (...)

Ladainha dos Póstumos Natais

23.12.20, Otília Martel
  Há-de vir um Natal e será o primeiro em que se veja à mesa o meu lugar vazio Há-de vir um Natal e será o primeiro em que hão-de me lembrar de modo menos nítido Há-de vir um Natal e será o primeiro em que só uma voz me evoque a sós consigo Há-de vir um Natal e será o primeiro em que não viva já ninguém meu conhecido Há-de vir um Natal e será o primeiro em que nem vivo esteja um verso deste livro Há-de vir um Natal e será o primeiro em que terei de novo o Nada a (...)

Lúbrica...

04.11.20, Otília Martel
  Mandaste-me dizer, No teu bilhete ardente, Que hás de por mim morrer, Morrer muito contente. Lançastes, no papel As mais lascivas frases; A carta era um painel De cenas de rapazes! Ó cálida mulher, Teus dedos delicados Traçaram do prazer Os quadros depravados! Contudo, um teu olhar É muito mais fogoso, Que a febre epistolar Do teu bilhete ansioso: Do teu rostinho oval Os olhos tão nefandos Traduzem menos mal Os vícios execrandos. Teus olhos sensuais, Libidinosa Marta, Teus (...)

AMIZADES

10.09.20, Otília Martel
Quantos anos decorreram desde que conheci a Zica Caldeira Cabral? Tantos que nem recordo...  Conversar com ela era abrir um mundo de palavras, de conhecimento, de ternura. Separadas pela distancia e pela vida que por vezes pode ser cruel a amizade que nos unia era como um jardim que florescia. Acompanhou-me num momento bonito da minha vida que aqui  (...)

FONTE - Herberto Helder

17.06.20, Otília Martel
  Fonte No sorriso louco das mães batem as leves gotas de chuva. E bate-lhes nas caras, o amor leve. O amor feroz. E as mães são cada vez mais belas. Pensam os filhos que elas levitam. Flores violentas batem nas suas pálpebras. Elas respiram ao alto e em baixo. São silenciosas. As mães são as mais altas coisas que os filhos criam, porque se colocam na combustão dos filhos, Sentam-se, e estão ali num silêncio demorado e apressado vendo tudo... (excerto do poema) Herberto Helder, (...)

EFEITOS SECUNDÁRIOS

24.04.20, Otília Martel
É bom estarmos atentos ao rodar do tempo o outono por exemplo tem recantos entre dia e noite ao pé de certos troncos indecisos cercados um por um de sombras envolventes Rente às árvores vamos, húmidos humildes Dizem que é outono. Mas que época do ano toca nestas paredes que roçamos como gente que vai à sua vida e não avista o mar, afinal símbolo de quanto quer, ó Deus, ó mais redonda boca para os nomes das coisas para o nome do homem ou o homem do homem? Banho lustral de (...)

Trago-te na minha vida

10.04.20, Otília Martel
Pintura de Maria de Fátima Santos   13   Trago-te na minha vida como quem escuta os passos musicais do tempo, como as manhãs tocam a paisagem...   e amplamente te recebo dos horizontes da dor que é a nossa distância de seres quase tudo.   Trago-te na minha vida como é possível a noite trazer o luar.   Que movimento guia a tua essência inacabada? Onde te cumpres perguntando a vida? (...)